Sinto o cheiro de seus poros, como frasco de perfume aberto.
Um cheiro pão, ás vezes vinho, meu olfato faminto.
Perseguindo sua nuca quente que me enche de sede, seu olhar de susto me diverte.
E no fim de certas tardes minha boca lhe aguarda no portão:
Um beijo de boas vindas
(Seu corpo è o único alimento que não me doe os dentes.).

Queria poder fazer algo, pro seu amor voltar, por mais distante que eu esteja, á ti meu desejo sincero de felicidade e sei que essa habita no outro lado da rua, em um portão cinza perto do mini-supermercado. Quero, mesmo não vendo, sua mão unida a ele com sua alegria estampada em face. Verdadeiramente.
...
E pensar que antes era tudo nosso
Você
Eu
E nossas vidas unidas em propósitos únicos.

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Amor extremista
Ou 8 ou 80
O símbolo em vertical do infinito
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Amor nem 8 nem 80
5
Curvo, preguiçoso, dez pela metade.
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Em silêncio os supermercados das esquinas os conhecem
1 + 1
Unidos são 11
Bem-me-quer aos quase da vida
Caminho em pétalas de margarida.

Gosto do chiado de entrevistas em rádio
E quando coloco o fone de ouvido, escolho a trilha sonora do meu dia e tudo me parece mágico até o ônibus lotado nas idas e voltas do curso e em meio ao remelecho escuto com os olhos um “Com licença” e bum! Meu (mundo) fone caiu.

Hoje querendo ser outro
Sem sexo denominado
Qualquer um
Querendo ser outro que se importe menos e que siga sem nada cobrar de uma vida falida.
Querendo não se importar em ter meios amigos
Em ficar ensaiando atos que jamais seriam de amor
Passar imperceptivelmente na vida de um outro ser que não tenha nada á entender, pois tudo aqui é explicito bruto. Sem trocas.
Sem procurar encantos, qualquer gesto de ternura e compaixão, sem querer o tudo que á mim seja indispensável, de atar os dedos sem medo do futuro, viver o hoje sem vínculos.