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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Dois meses
O tempo passando ligeiro, um projétil no peito.
Exatamente como previa.
Sinceramente, apesar de tudo, não me conformo, sozinha em casa fico martelando como pregos uma palavra que me engasga a garganta, pra ver se digiro suas frases, se esqueço a lembrança . Não sei, ou sei, e não acredito. Mas não há nada que posso fazer, não mais, na vida a gente passa o tempo todo tentando, pedindo, negando,o que já aconteceu é imutável, não dá pra tapar o sol com a peneira. Eu de nada valho.
Minha vontade de não existência persiste não há nada nesse mundo que me apeteça, uma vontade de cair, sobrevoar sobre o nada, não quero, não vou e ponto final, minha vida morar sozinha, viver sozinha, ser só, e acredito que assim sempre será, como sempre foi.
O problema é só meu, não se sinta responsável, adoro dormir, acordar, me aconchegar contigo. Ès, nesse presente, um companheiro e tanto.E pronto.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Pensando na intensidade, de como sempre me cativei por pessoas intensas que metem a cara sem medo, de como as admiro, antes ficava me questionando me impondo uma postura que sinceramente não é minha, sempre fui calada com cara de brava no ônibus, metódica e um tanto previsível, minha inquietude se resume em mim, mora aqui em um compartimento que não consigo expressar, colocar pra fora, tenho paixão, paixão pelo que não veio, fico andando de cá pra lá e pensando: a gente se coloca tantas metas, pensamos na casa própria, nos filhos que talvez venham no amor de sua vida chegando do trabalho e janta fresca na mesa, fumaça saindo dos pratos, na condição feliz estável, e ás vezes o que mais queremos é uma vida comum, sem grandes anseios. Não sei o que quero de fato, sei o que não quero. Somar seria uma boa palavra, quero unir tudo, sempre quis alguém que caminhe comigo com rumo ou apenas vontade, quero fincar raiz ter um ou ninguém, sempre me vi assim aos quinze ou quarenta anos. E assim que vai ser eu sei.
Sempre gostei de escrever, mas sempre me senti tão inútil, lapido tanto o que escrevo que jogo fora a essência do dito, aí desisto. È sempre assim, minha vida desistente. Mania de deixar tudo pelo caminho, tudo aos pedaços, fazer o quê? Eu sou assim. Começo sempre do zero.
Na vida não há como se ter tudo, disso todo mundo sabe, ás vezes queremos abraçar o mundo, mas tudo tem seu preço e é você quem decidi mais ninguém. Eu acho que estou aqui pra ver os outros, contribuir, pessoas intensas me soam tão apaixonantes, mas tão egoístas, querem experimentar tudo, só pra dizerem: “Pela minha experiência...” e dar a ilusão de que só por isso sua vida não passará em branco, li certa vez que experiência é o nome que damos aos nossos erros e estes fazem parte da vida, independentemente se você é um engravatado familiar ou um viajante hippie, somos um bando de seres incertos. Apenas.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009


Vislumbro seu sono, de meus sonhos é parte, seus olhos fechados beijo e creio, com certa descrença, que sua vida é parte minha e mesmo que não eternamente, hoje com todos os sim possíveis, digo que sou sua e tu és meu testemunho, e ao menos pra ti minha vida não será um espaço em branco. Espero.
Seu sorriso rindo pra mim, uma canção muda, inaudível aos gritos roucos da rua, e quando me deito sobre seu peito, ouvindo o compasso de seu coração que me guia olho e sinto-me tão bem, mas tão bem que anseio-te o tempo o tempo, em corpo ou pensamento, está em mim.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Hoje querendo ter trinta anos, vezenquando me vem essa vontade, sabe aquelas cenas de filme que a pessoa se deita com doze e acorda aos trinta? Pois então, é assim que imagino, ainda mais agora que tudo está passando tão depressa, não tenho tempo nem pra pensar no tempo que estou perdendo, antes quando tinha uma sensação forte de perca de tempo lutava contra o sono e ia ler um livro, jogar conversa fora, caminhar, ver gente. Hoje quando me sobra tempo, fico olhando pro teto e pensando: tudo na vida se transforma de tal forma que às vezes nem sabemos o que eram no principio. Parece coisa de doido, sei lá, sei que olho a minha volta e raramente encontro alguém que se preocupa com a falta ou com o excesso, parece que ninguém tem anseios, sonhos, sabe aquela vontade que lhe toma o peito? Pensei que com o tempo essa minha vontade passasse, mas não, ainda não passou por conta disso que tenho tanta vontade de ter trinta anos, já que coloco a culpa dessa vontade na tal da adolescência,não me considero uma mulher, estou mais pra moleca e tenho a ilusão que aos trinta terei a certeza de minhas dúvidas, foco, talvez uns 10 anos atrás tenha existido alguém assim como eu e que hoje se rendeu ao lado cru da vida, ao lado nascer, se procriar e morrer, deixando que seu lado... nem sei a palavra, acho que humano seria o mais próximo, deixasse de existir pra que o lado mecânico tomasse conta de tudo aquilo que não controlava. Mas no fundo eu tenho medo do que serei aos trinta anos, de me transformar de tal maneira que não saberei o que era no principio e por mais que me angustie que enquanto lavo louça fico narrando fatos improváveis, acho que prefiro ficar assim com meus sim e não na mesma frase, acredito que nossa essência não morre, optamos em deixar de escanteio, afinal a vida não é um livro “cinderelesco”.Que pena.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sobre amigos

Na questão da solidão, incrivel como sempre me senti sozinha, e mesmo tendo motivos pra essa sensação, nunca me conformei, se bem que nunca me esforcei o bastante, tendo uma auto-critica afiada, digo com total certeza que não sou daquelas pessoas que são bem-vindas,creio que causo apenas indiferença, sou a pessoa "tanto faz"...mas não, não me queixo,nem posso, acho que tudo que sou agora é o que plantei antes, tenho que abrir minhas portas, ouvir, ver gente interessante,permitir que os outros se mostrem, tenho que procurar novos ângulos, nem sei, o fato é que agora eu quero viver com tudo que tenho direito, não adianta nada ficar deitada na cama esperando que tudo caia do céu, estou colocando a mão na massa e sal nas feridas.
Penso, agora mais que antes, que o que importa na vida é ter alguem como testemunha, nada de holofotes ou vida pop, eu quero gente, povo de carne e osso, que saia, que grite que tenha verdade nos olhos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Durante

A vida está tão monocromática, trabalho, curso e louça suja.

Ai, ai, ai, um cansaço, uma canseira de existir, estupefamento da alma, inquietude, medo e razão.
Sem muito o quê escrever, hoje sem desejo e mesmo assim, me atrevo a dizer o que me faz calar.
Respirando fundo, tão fundo que meus pulmões se inflamam, e meu cérebro fica assim meio sem rumo, estou tão cansada dessa quase alegria dessa vida tão aos pedaços e queria tanto falar de coisas que não estivesse envolvida, mas tô sem saco pra me envolver, avaliar a política, as noticias, as coisas novas que após um segundo já são velhinhas de bengala, sem saco pra criticas, tô flutuando... Tudo é tão passageiro, sábado, um ônibus, motorista gentil que dizia “boa tarde” a todos que adentravam o coletivo, sua voz entoava um sincero desejo de “boa tarde”, ouvi-lo me deu vontade de descer do ônibus e correndo, pegá-lo no próximo ponto e assim ouvir e crer que minha tarde realmente seria boa. E foi sonolenta, porém boa, cinco garrafas de cerveja, sorvete e conversas de total fundamento. Espero que sábado que vem pegue ônibus com esse motorista, dizem que a palavra tem poder e boas vibrações sempre são bem vindas, inda mais vindos de seres que não me conhece e que incrivelmente me soam verdadeiros, uma carona até a feira mais próxima, um assento dado por cavalheirismo em ônibus lotado, um aceno com a cabeça. È, apesar de tudo, do nada novo, agradeço a você desconhecido .

sábado, 7 de novembro de 2009

SIM!

Que ventania! O sol de rachar o coco, ontem assuntos sobre a garrafa de cerveja, o rótulo chamativo, minhas futuras realizações, buquê de long neck, brindes em homenagem aos fins.
Ouço conselhos alheios á minha realidade, de quem jamais pensei que me entenderia, o mundo da voltas mesmo, que bom! Dá a ilusão que em uma dessas voltas você pode concertar um passo mal dado, uma vírgula no lugar errado e que faria toda diferença, somos todos tão falhos que terceiras ou décimas chances nunca nos são o bastante. Pensando no perdão, nos tapas na cara, às vezes é bom tomar certos socos ou até mesmo um puxão de orelha, nos desperta de tal forma que apenas uma portinhola no coração fica aberta, uma espécie de fresta que só mesmo quem importa enxerga o que tem lá dentro, afinal há certos tapas na cara que nos deixam meio desconfiados de tudo e de todos, endurece o coração, ficamos no meio fio entre o olhar arregalado e uma piscadela de olho (o descanso pra tanta sordidez.)
Perdão, no meu caso, e dado antes mesmo da bofetada, mas não esqueço, nunca esqueço e essa e a parte que mais dói, penso que deveríamos ter um dispositivo no cérebro no qual assim que algo ruim fosse feito contra nós e este fosse perdoado simplesmente esqueceríamos, porém se assim fosse nada seria aprendido e “experiência” seria uma palavra extinta de nosso vocabulário. Não há escape, é clichê, mas é com os tombos que aprendemos a andar, os mais velhos sempre tem razão e os provérbios nunca fizeram tanto sentido e se o mundo da voltas quem feriu com ferro, com ferro será ferido e quem sou eu, pra nesse ciclo vicioso negar um pedido de desculpas?
Perdôo, ante seu pedido, ante seu ato sem nexo e mesmo olhando a ferida, sei que um dia tu serás apenas a cicatriz.

sábado, 31 de outubro de 2009

A Eternidade má.

Na alegria ou na doença... até que a morte os separe. O casamento, essa constituição, que agora observo e me parece tão movida ao lado mecânico do “estar casado”, pessoas afirmam que se casam por amor, pela paixão, à vontade desenfreada do desejo e ao longo afirmam sem o menor pudor que se mantêm casados, ou pelos filhos ou pelo carro na garagem, pelo dinheiro na poupança, pelo acomodo de se ter janta posta na mesa, cuecas estendidas no varal, pela ilusão de bem-estar da família que forja união assistindo TV em uma sexta à noite e mal se olham. Acostumam-se a falta do beijo na ida e retorno do trabalho, aos abraços dados com fervor apenas na noite de natal, onde seus corações se abrem e se fecham em 1º de janeiro.
O amor acaba e resta apenas a marca branca ao redor do dedo, simbolizando o eterno espaço que se abre entre a alegria e a doença de se enganarem, como num filme hollywoodiano, antigos companheiros.



O Amor Acaba

Paulo Mendes Campos


O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009




Tô pensando no futuro, não há nada mais sacrificante do que pensar no que não aconteceu e pior, talvez nunca aconteça. Agora morando sozinha o único pensamento que me deixo perder tempo é as dúvidas sobre se deixei o gás ligado, a luz acesa, a porta aberta, e se realmente guardei o dinheiro do aluguel, tô querendo ter pensamentos infundados, simples e voluntário (querendo! e como sempre, dele, não tenho o mínimo poder) tô sem saco pra complexidades e decidi não mais remoer o passado, ele que fique por lá, cheio de teias de aranha e roedores, o passado só é válido se dá saudade, senão o excluo como se dele não fizesse parte. Entre o passado e o futuro me sobra o presente e no fundo nada tenho a declarar sobre ele, pois sobra me soa como resto, e o resto também não me interessam.
Passado, futuro, presente e EU, sem tempo, com um mau humor dos diabos, uma dor de cabeça, insônia e SÓ, essa palavrinha com duas letras que resume bastante tudo isso.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

“O amor que precisamos correr atrás, nunca alcançaremos”.

Talvez, você pedinte do afeto que antes foi lhe dado, seja motivado pela culpa do seu amor desonesto.


Nunca mentistes pra mim, seus atos grosseiros muito me magoaram, mas nunca mentistes pra mim, se não me amas não me venha com frases de amor, se não me deseja, não me toque. È assim que acontece, é tudo questão de escolha.
E nenhuma frase bonita ressoa de seus lábios, mas sua presença muito me acalenta.
Nenhum momento cinematográfico. Julga-te tosco e impróprio e eu persisto por uma razão a mim não identificada, talvez por nunca ter mentido a mim, por não ter forjado nada, doeu, mas foi real, e mesmo que parte minha tenha desabado a outra parte está você com todos seus erros catalogados.
Não corro atrás, não mais, assino em letras garrafais a sentença de meus delitos, e o amor que venha se dele for digna.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cutucando a ferida:

"Tu vê se me erra e num me nota até o fim de seus dias,tenho nojo de ti e de teu véio,tu só me fez mal,me encorajou mal,ajudou e muito na perda do único ser que realmente valia a pena obter e me ter.Tu e toda essa laia me enoja e muito.Principalmente teu véio,que tente comêr uma puta qualquer de beira de estrada além de ti,não essa preciosidade que aqui vos fala,passe bem,e suma."

Não

" Não lerei nada,já apaguei é tudo,quero que suma ainda mais de minha vida,pessoas que trocam "amigos"pela primeira velharia asquerosa que aparece,não merece nada além de se fuder,bem ou mal,tanto faz,só tenho nojo de todos vcs,nada mais,nem falta,nem ódio,nem nada além de nojo.Suma,e não vou escrever mais nada,não quero manter contato nenhum contigo.Ignorar-te um novo prazer!
Me redimir de erros estupidos do passado só preciso fazer isso a uma pessoa,mesmo que nunca fique com ela,mas que perdoe de verdade e acredite na minha "sanidade",só uma,e não é você.Seja feliz ou não,tanto faz,não estarei por perto pra ver,se vire,se eu posso todos podem."

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

“Você não entende nada” ouço essa música repetidamente, a letra me passa um ameno desespero, um chamado de atenção, esse sambinha maneiro, o voz suave da Gal Costa, sossega meu peito nessa sexta friorenta e de certa forma a letra ilustra bem um de meus desejos, não sei explicá-lo, é tão difícil fazer-me entender, na maioria das vezes minhas frases são interpretadas de maneira equivocada é por conta disso que me calo e escrevo quem sabe, assim você entenda.


Dias desses deixarei você louco, minha tagarelice, esse medo absurdo me vem vez por outra, é, estou falando de amor, pior, da falta dele, e por essa ausência aceito de bom grado carinho, afeto, não há nada pior do que pedir amor, do que rezar pra que este venha, certas coisas são dadas de graça, são ilógicas, apenas surgem, não sei se é pedir muito, mas queria um companheiro pra toda vida, alguém que achasse bonito me ver acordar, que sentisse uma falta imensa do meu cheiro, do meu toque, que me quisesse em totalidade, quero alguém que me queira assim, absoluta.

Sempre julguei impossível amar sozinha, se bem que nesse instante estou em um grau, mas louco do amor, ou talvez no começo dele, sei lá, há coisas que não dá pra diagnosticar, denominar e julgo agora que tudo se faz possível. Sei apenas que sinto tua falta e desejo não mais gritar, nem acenar, quero ficar quieta, testemunhando seu sono, acariciando seu rosto sobre os lençóis desforrados e sentir no seu silêncio o que preciso ouvir. Quero-te aqui, nesse presente embrulhado, no futuro almejado, quero-te agora viver como se não houvesse mais tempo, mas quero a cada segundo ouvir sua voz rouca que vezes me acalma, quero aqui nessas palavras dedicar tudo o que não digo e lhe confesso : sou sua, somente.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009



“Quem vê foto não vê coração” foi assim, ao entrar em minha página no orkut a primeira de minhas 24 comunidades que avistei, e concordo no mundo virtual tudo parece tão lindo, aí você fuça vê fotos em preto e branco, de viagem, de beijos apaixonados em seqüência, declarações românticas em depoimentos então  paro e penso: Se isso for amor, minha relação amorosa vai de mal a a ruim, pior ainda, minha vida é tão medíocre que nem o photoshop resolve. Estou me queixando sim, queixo-me dessa vida que não sei se bom ou ruim é tão real, não há bexigas coloridas, nem diálogos cinematográficos, por pensar assim essa outra comunidade figura bem o que foi dito “A vida não imita a arte, imita um programa ruim da televisão” essa frase dita por wood Allen explica bem o fato de ele ser cineasta, pena que nem todos têm o poder de mudar a realidade, ou melhor, moldá-la. Sempre acreditei em outro mundo, só que não em planetas, ET’s ou coisa do gênero, sempre acreditei que todos possuíssem mundos paralelos, um mundo dentro de si, eu escrevo, eu fantasio, tento me abstrair de toda sordidez humana, tento me esquecer até da conta de água na caixa de correio e quando me deito fico lá imaginando, criando história, nesse processo crio uma espécie de bolha, a bolha é tão frágil, como goma de mascar ela estoura e quando perde o doce, o viço, a gente troca e começa tudo outra vez, pois assim como goma de mascar a bolha gruda na gente, tanto mais tanto que se torna parte de nós.









Bem acho que o mundo virtual, me serve como escape. Nada lá é comparável com a realidade.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Primeira pessoa do verbo viver.

Lembrei - me agora de minha infância, digo, da época em que possuía menos idade, pois infância me soa algo meio mágico, e não que tal época tenha sido abominável, mas sei lá, foi tudo tão rápido, acho que desde antes minha alma era velha, me disseram isso certa vez em um bar no centro, creio que seja verdade, fui um tanto madura, previsível, fui àquela criança sem graça, canela fina e barriga protuberante, ao menos a parte" barriga protuberante" mudou, já o resto, tá quase a mesma coisa, então me considero meio criança ainda. Mudei um pouco sim, coisa mínima, tenho muito a aprender, mas apesar de tudo não me considero uma pessoa essencialmente ruim (ninguém é essencialmente alguma coisa somos o misto de tudo, somos humanos), mas hoje um diálogo com minha mãe me fez refletir um pouco, impressionante como uma simples citação desencadeia uma discussão de 1hora ininterruptas, se bem que foi monólogo, ela disse disse e meu único impulso foi respirar fundo, rezando pra que acabasse. A discussão começou comigo, dizendo apenas que não gosto de enterro (acho que ninguém gosta) minha mãe então concluiu que nem no dela eu iria, consenti. Não sou boa com despedidas, prefiro deixar tudo assim no susto e não há nada mais súbito que a morte. Gosto de pensar que a ultima vez tenha sido alegre, ver alguém encaixotado é angustiante, a vida resumida em sua altura, seus amigos e familiares carregando o peso de uma vida inteira, tudo numa cova escura.


Penso que não devemos nos preocupar com a morte, ela virá certamente, não me preocupo com meu enterro ou com quantas pessoas irá presenciá-lo, preocupo-me com a vida, essa coisa toda sem manual de instruções, e tento do meu jeito viver da melhor maneira, esse tempo todo apenas existi, minha existência passou em branco, aos outros, á mim, passei boa parte querendo ser útil, agradar, acreditando que "“ a grama do vizinho era mais verde” observando as vidas alheias, quero agora viver, estou me esforçando pra isso, caraca que esforço! o que acreditava não existe mais, tento criar fé, me traçar objetivos, pra engrenagem vivencial não enferrujar. Quem sabe agora, nessa tentantiva de viver, meu espaço não se resuma em um branco que cega, quem sabe? é ninguém sabe, ninguém nunca sabe.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

=$

Meus cabelos vão crescer.
Talvez pinte, repique, nem sei.
Casa, comida e roupa suja.
Dívidas e dividas
Saudade, uma imensa saudade.
Meu futuro: todos são tão incertos e nada é assim e-xa-ta-men-te como se quer. Um apego ao passado, um medo danado.
Aqui
Lá em casa
Minha vida começa, assim aos poucos, devagarzinho. Pois é, eis que agora um raio de sol adentrou a janela e eu, bem, (vai ficar tudo nos conformes!).

:D

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Machuca-me, suas frases.
Sua lembrança á mim faz o mesmo. Com o passar, o tempo, bem, talvez tenha sido um erro. Fiz o melhor que pude, cheguei ao ponto de esquecer-me, e hoje enquanto rebobino, só uma palavra, um gesto surge em meu pensamento: Você proferindo mentiras, colocando culpa aos outros pra esconder seus erros.
Assim sua vida julgada perfeita.
Carteira assinada
Reais no bolso
Enquanto seu “grande amor não vem”, flertar, jogar com seres que á ti fazem bem. Esse seu total egoísmo, enquanto a felicidade lhe acompanhava, renegava-me, mesmo com seus sorrisos em face, suas frases de eternidade, seu companheirismo aos pedaços, nada em mim lhe causava efeito e só agora, depois de tempos, a amizade perdida, essa espécie de mágoa, misto do vazio que me invade, percebo o quão a vida é inútil e sigo assim, numa total descrença de que seu dito amor era válido, e nossas noites de fúria, de afeto e de guerra, enquanto seus pés sem rumo faziam meu caminho, acariciando seu ego, minha dispensável companhia.
Eis que de hoje em diante, não mais ouvirei sua voz contando como foi seu dia, não haverá planos futuros. Minha vida se descortina, uma espécie de programa mal feito, e sei que haverá dias que sua ausência me arrebatará, talvez a ausência de um ser que nunca existiu e eu precisasse.
Estive sempre lá.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009



Apalpe minha mão, deixe-me apertar seus dedos, pra acalmar esse órgão que bate bate e apanha.
Dedilho seu corpo, suas pintas como mapa. De seis em seis, os doze meses, caminhando em círculos seu afeto como alvo.
Entre perdas e ganhos, as escolhas sem fim, enquanto ainda não me canso de despistar o sentimento maléfico que me persegue, essa luta desleal entre mim e eu, sem saber se certo ou errado, dou-te um beijo, um abraço, de chegada, de despedida, afago seus cabelos pra te adormecer e sinto-me, ás vezes, feliz.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Já fazem 4 meses, poucas coisas aconteceram nesse tempo,poucas e extremamente significantes, continuo andando em círculos e certamente você me criticaria, é mas as escolhas são minhas, assim como você fez as suas... se bem que pra você não faz a mínima diferença, se bom ou ruim você continua, e talvez de alguma forma, foi melhor assim.Hoje tenho 19 anos, e sei que daqui pra frente sou eu, apenas isso, sei que de agora em diante não terei conversas insonas,caminhos sem rumo, seu silêncio que tanto me dizia.
Tanto á lhe dizer,mas um medo, um medo de não ser ouvida, e por conta disso, fico por aqui, em meu mundo, vendo nosso vídeo brisante na web e relendo recados na agenda. Tão ruim tudo isso, tão inútil.Tive a melhor de todas, até em defeitos, e sinto uma saudade que me cala, pois só em mim ela permanece.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

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Não há
A extrema realidade me abate, um não sei quê que aflige.
E quando fecho os olhos, respiro fundo e suplico pra que tudo isso passe logo.
É
Um sombreado nos olhos
Meu toque inaudível
E você que não me olha, me vendo.
Quando caminho à noite, meus pensamentos avulsos desconectados.
A nova propaganda na TV
Os cachorros que latem
Sua risada como pano de fundo pro meu descontentamento
Digo tchau todos os dias e viro as costas
Seu beijo
Seu perfume
Seu silêncio intacto
E eu que me olho no espelho e choro sabendo que o reflexo é tudo que não quero.
Aqui, ali, mora um desejo sem nome e nesse desejo habita minhas vontades que me matam aos poucos.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

De tanto

Tanto pensar fiquei sem rumo, você, estática com seu sorrisinho descrente, enquanto vejo a tv contrapondo meus medos em chiados, sua presença imóvel me assusta.




Hoje, conforme fosse outro dia, agarro-me com dedos sem unhas á um querer tão querido que não suporto.






Pra ser franca sou fraca pra concretizar planos, desisto sempre. Meu gosto é em planejar, enfeitar minha vida com cores vivas na parede, sabendo que minha porta ficará escancarada e ninguém terá o impulso de entrar. Lembro-me da vez que chorou em minhas coxas e a maneira como me senti importante, como se sua vida jamais seria a mesma sem mim. Engano meu. Cá estou, com um gosto estranho na boca, graças ao spray que usei pra uma fingida dor de garganta...é, nada hoje tá fazendo muito sentido e isso nem me importa,gosto do não sentido das coisas.Escrever é meu único refúgio é nesse ato que me sinto bem, tanto quanto choro como desabafo e ponho pra fora palavrões como flores. Ah, se soubesse e de tanto querer saber só as perguntas me vêem, mas como dito na propaganda"são elas que movem o mundo"(ou algo assim).
O trabalho me espera, a papelada posta em cima da mesa e o telefone, que certamente tocaria se não estivesse fora do gancho.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Enquanto vejo, ilustrando o amor, as fotografias em preto-e-branco, bendigo que não há escape, entre os fins e os meios, existe os começos intactos que o presente não apaga e o futuro não embrulha.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Margvio's


Uma voz amena, sinto que tá quase tudo bem, uma enorme falta, um brando desespero.
Choro enquanto bebo, relembrando nossa pretérita embriaguez, minhas súplicas aos seus desejos impróprios, como amei-te, como a amo, um passado, um presente...atemporal. Às vezes relembro e penso ser mentira, poxa vida!, como queria que fosse diferente!, de tê-la aqui em minha frente, rindo chorando, não importa.
Sei que o mundo é vasto e é nessa vastidão que me perco, sem ter como fincar o desejo, saio a beira de um ataque de nervos e me prendo ao que agora não existe. Meu mundo, minhas abstrações, minha escrita que não define, não julga, não classifica, não há meios de tornar os fins pouco dolorosos.
Seu espaço estará sempre em branco é nele que vez ou outra me aconchego, na sua ácida doçura me ponho em conforto e sigo, talvez não adiante, em círculo, mas sigo...
Minha Violeta!

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Alô, alô Marciano!


Rumo á outros mundos!
O nosso: Rumo ás cucuias!!

Matou-me a tal curiosidade!

Fim de sábado, mais ó, que sono danado!

sábado, 18 de julho de 2009

Sufoco, brigo, bato, grito.
Beijo, abraço, belisco.


Ele assim calado, eu engasgo enquanto narro meu dia, apesar de tudo, das mágoas, das voltas e idas, gosto muito de tudo isso! Meu mundo paralelo, já fazes parte de mim, um pedaço, um traço, não sei, mas deito em seu ombro e desacredito, que somos nós aqui, nessa foto, que a mim você abraça e liga, dizendo que tá tudo bem. È, nesse mundo eu tô contente, saltitante e crente que a vida tá seguindo assim como deve ser. Então, que seja!
Eis que hoje há uma força intensa e sem nome, tenho a impressão que minha vida é mais minha que antes e que cada dia me encontro mais comigo.


Talvez na manhã de sábado, enquanto puxo sua pele em seu bolso, você pensa e pensa na inquietude de seu sono...é fiquei feliz, alegria de estar contigo, de vê-lo nos dias, de compartilhar meus medos, minhas nostalgias.
Sou o eterno circulo que ronda a vida e ela caminha por meios que desconheço, mas aceito de bom grado

Venha vida minha, faça-me viver e não somente existir.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Acabo de ver no quintal, a sombra do que existiu.

Poxa, só escrevo melancolias!-ela estava certa- pois é, brincadeira também machuca.
Casca, casca de ferida, até minha alegria é "triste"

domingo, 21 de junho de 2009

Uma
Duas
Muitas delas
Em vez de consumir
Consomem
Um “toc toc” abrupto no peito
Não sendo assim, em vice-versa, só a ti ela desperta
Ao meio dia a meia noite
Sem sim, nem não, ela segue
E vaivém, ás vezes permanece como flexa-furtiva-bomba e quando acaba você sente que seu mundo ficou descrente... Era uma vez um começo feliz.
Um som rouco me rompe os ouvidos, tranco-me em baús de livros
De trás pra frente, meus olhos não param, e sigo insistindo num ato falho
Dei-me um beijo, com ternura, enquanto afago suas desventuras.
Não vou
Não me peça
E sei que o que é vida não cessa
Sigo, existindo e sinto aquilo que você não sente.
Em êxtase
E fúria
Sua ausência perdida de mim
Sonhos e lembranças arrançam como projétil, os planos considerados certos de uma vida sem sim.

domingo, 29 de março de 2009

Umbigo torto

De manhã
De tarde
O tempo todo
Ouço sua voz me dizendo o que não sabe, eu sei, que nem tudo é tão verdade, mas as palavras martelam meus atos e você aponta, impõem e a certeza é toda sua.
Deu-me ás costas, como sempre, fecho-me do lado de fora.

Fui com uma dose de medo, ao desconhecido, e você não veio comigo.

segunda-feira, 16 de março de 2009

DO ZERO!

O começo
Os anos
O quase

Tudo que poderia ter sido, e agora
terá a chance de ser!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Foi assim, no susto.
(De seis em seis meses)


Sentado, suas mãos, seu toque, relembro com afeto e com mágoa, carinho, tenho-te carinho, fraterno, eros ou sei lá. Inquietude, me ouça, me dê a chance...eu peço, me atenda! conceda-me o tudo-nada e deixe-me dormir tranquila.

Não sei o que me espera, só sei que estarei com ele!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O amanhã já me é tarde, você, sua careca negra, seu forte abraço e eu que tanto me fiz ausente lhe peço perdão...

O espaço em branco, a dor que não cessa e eu, meu amigo, te agradeço!