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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Um cansaço...
O mais legal foi o vídeo caseiro com dedos a dançar sobre a toalha de mesa, o som de Pavement ao fundo, fazendo-me crer que um mundo além desse possa ser possivel.
O joguinho no celular que nunca ganho, as teorias sem sentido nos fazendo passar o tempo...vontade de chorar, de arrancar os cabelos, esperando que um sorriso rasgue as orelhas pra que possamos dormir, acreditando que tudo, nada mais era que um pesadelo.
O fato é que demasia da mente continua acontecendo, continuamos crescendo, aguardando que um dia mude.
Para resgatar, vou sair a noite apertanto campainhas vizinhas e tendo a sensação que o ruim já passou.Engano meu.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Às moscas

Não te amo mais
Seu cheiro a invadir a casa,
Seus discos e livros expostos na estante
A cama desforrada e as noites de volúpia.
Não, não amo a louça de domingo
o cigarro a impregnar a sala
Não amo sua frases presas por imãs de geladeira, nem seus "eu te amo" de fuga noturna.
Não amo seus gritos ao telefone, enquanto a cidade pulsa, nem amo seus nervos em pele, emergindo injúrias doces.
Não amo a música sem letra,
nem carta cheias dela
Não amo sua mão, sua unha quadrada,
seu estalar de dedos
sua renite alérgica.
Atordoante é seu toque quente,
sua boca clemente,
seu jeito encantador.
Não! já disse que não te amo mais e para isso te cobicei.