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terça-feira, 24 de março de 2015

Poema de dias comuns

Fica observando os ratos andando nos trilhos do trem
sabe que quando se escondem é porque um vem

se faz de cega
enquanto nota
olhando o  reflexo do vidro no ônibus
que o casal ao lado briga
e que a garota sentada desliga na cara
do outro lado da linha


Na fila do supermercado tenta imaginar
pelas compras no carinho a vida dos desconhecidos

[já acertou que o homem que comprou cervejas e papel higiênico é solteiro]


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